Bálsamo
Tenho me sentido melhor. Ontem fui com a minha filha mais
nova Júlia na lojinha com apenas 10 centavos. Acreditem. Comprei uma bala para
ela, que queria também um baton de chocolate e um pirulito. Não pude comprar.
Ela não ficou nada satisfeita. Teve de aceitar só a bala de maçã verde.
Depois fui na padaria com 2 reais. Quando vi o bolo de
banana, o pão de queijo e o pão pizza, a vontade era de levar a padaria toda.
Mas não era possível. Tive de comprar só os pães de sal mesmo, chamados
franceses.
Hoje, com 20 reais no bolso, deu para
almoçar, tomar um refrigerante e até mesmo comer uma sobremesa. E ainda sobrou
para comprar um bombom de chocolate para a Júlia e um pirulito para a mais
velha, Luiza, sobrando ainda o dinheiro da passagem, que aumentou para 2 reais.
Aquela insatisfação, vazio, falta de perspectiva parece ter
passado por hora. Escrever também me faz bem e me ajuda a extravasar.
Estou preocupado agora com meu pai, que está muito
depressivo com a doença (câncer) do cachorro dele, Biriba. Ontem senti meu pai
muito triste. Falou que estava vivendo os piores dias da vida dele, pior até do
que quando o pai dele, meu avô, estava internado, também com câncer. Ô doença
maldida.
Mas como diz meu pai, vamos caminhando. Levando a vida
assim, cheia de decepções e tristezas, mas com algumas poucas alegrias. Em dia
de jogo do nosso Fogão, esperamos mais uma vitória para nos dar uma gota de
felicidade em meio a um mar de lamentações.
Wesley Machado
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