Meu amigo gato Kempes

Quando eu chego à casa dos meus pais, duas ruas depois da minha casa, no mesmo bairro, logo ouço o miado de Kempes, um gato com o qual fiz amizade. Depois de muitos anos, pude voltar a alisar os pêlos de um gato. Tinha criado um trauma de gatos porque na minha infância cheguei a ter alguns gatos, dos quais não me recordo os nomes, mas que morreram envenenados, o que me deixou muito comovido e sem vontade de ter mais gatos.

















                                                                                                                                                              Mas Kempes surgiu na minha vida assim repentinamente. Num certo dia ele apareceu em frente à casa dos meus pais. E meu pai pediu que eu desse ração ao gato. Detalhe: meu pai tem um cachorro – que vale outras tantas crônicas – muito estimado pela família. Pois bem, logo meu pai deu nome ao gato, o qual chamou de Kempes* em homenagem ao jogador da Chapecoense morto na tragédia de avião.


Agora tornou-se uma rotina alimentar Kempes, que até engordou. Meu pai me conta que meu avô gostava muito de gatos. E ele acredita que meu avô falecido que teria mandado Kempes para a gente. Em dias de jogos do Botafogo, tornou-se uma superstição alimentar Kempes antes dos jogos para dar sorte, o que não tem surtido muito efeito nas últimas partidas.


Como apareceram camundongos na minha casa, certo dia tentei levar Kempes para minha casa, já que ele começou a me seguir até um pouco depois da esquina da casa dos meus pais. Mostrei o caminho a Kempes e ao que parece ele apareceu essa noite, à medida que ouvi miados de madrugada.


Isso me faz sentir mais protegido com um gato em casa, afinal ainda não superei a Musofobia (Medo de Ratos). Escrevendo agora bateu até uma saudade do Kempes. Não pensei que fosse ficar tão apegado a um gato de novo, como quando era criança.

*Kempes também é o nome de um antigo atacante argentino, artilheiro da Copa do Mundo de 1978.

Wesley Machado

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